quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mais de 100 agentes públicos do Acre integram a lista negra do TCU e podem ficar inelegíveis para as eleições de outubro

Mais 6.600 agentes públicos tiveram suas contas julgadas irregulares nos últimos oito anos e podem se tornar inelegíveis em 2014, segundo divulgou o Tribunal de Contas da União. Desses, mais de 100 são do Acre.

A lista negra do TCU é encabeçada por dinossauros da política acreana, entre eles o ex-prefeito de Brasileia, peemedebista Aldemir Lopes, atualmente uma espécie de guru do conselho político da oposição, com voz decisiva especialmente no campo majoritário oposicionista, além de grande influência na administração municipal de seu correligionário Everaldo Gomes, atual prefeito de Brasileia.

Na ordem alfabética vem ainda o ex-deputado Adalberto Ferreira, outro membro importante do PMDB, que nos bastidores chegou a ter seu nome indicado para a suplência do pré-candidato ao Senado, Gladson Cameli.

A lista traz ainda o ex-senador Aluizio Bezerra e vários ex-prefeitos que tem a intenção de se candidatar a deputado estadual neste pleito, como os ex-prefeitos petistas de Marechal Taumaturgo, Itamar de Sá, e de Feijó, Francimar Fernandes.

Chama também a atenção a quantidade de processos por agentes públicos. O ex-prefeito de Tarauacá, Vando Torquato, por exemplo, é recordista em processos por irregularidades nas prestações de contas. Ao todo ele responde a sete.

Na lista não podia faltar ele, o mais enrolado dos ex-prefeitos: Nilson Areal, que foi condenado à prisão por contratar serviços de publicidade através da prefeitura de Sena Madureira sem licitação.

Sebastião Wille Lopes Neves, primo do governador Sebastião Viana, que já ocupou cargos importantes no segundo escalão do atual governo, também teve suas contas como gestor reprovadas pelos ministros do TCU, assim como o velho e conhecido Sergio Nakamura, ex-diretor do Deracre, arrolado no processo do G7.

A análise do TCU se refere a prestação de contas reprovadas de ministros, governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais, diretores de autarquias e servidores públicos.

A Justiça Eleitoral deve verificar através desse levantamento se um candidato pode ou não ser considerado inelegível nas eleições deste ano.


Luciano Tavares
da redação ac24horas
Rio Branco

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