Ibama e Imac fazem planejamento estratégico do combate às queimadas de 2012

O superintendente do Ibama, Diogo Shelorst, e o presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Fernando Lima, se reuniram nesta segunda-feira (28) para finalizar o planejamento estratégico da operação Combate às Queimadas 2012. A principal estratégia adotada será a prevenção: os dois órgãos vão atuar no monitoramento e fiscalização ambiental antes do período tradicional das queimadas, de julho a setembro.

O objetivo é garantir a continuidade da redução do desmatamento no Acre. No ano passado, a queda foi de 65 por cento em relação a 2010. Para continuar a diminuição dos índices, o Imac vai atuar fortemente na educação ambiental e em parceria com os órgãos de fomento, como a Seaprof, que leva às comunidades as políticas públicas de alternativas ao uso do fogo na agricultura.

O superintendente do Ibama, Diogo Shelorst, lembra que é importante dividir tarefas e utilizar o mesmo enquadramento de multas, em caso de necessidade. "Em locais como em Cruzeiro do Sul, onde o órgão não tem mais escritório, o Imac atuará mais fortemente", avisou Shelorst.

Além de parte do Vale do Acre, as regiões de Sena Madureira, Manuel Urbano, Cruzeiro do Sul e Tarauacá vão ter atenção especial. Com a consolidação da BR 364, há uma pressão natural pelo desmatamento, fator que será levado em consideração pela fiscalização.

Equipamentos e pessoal

Até setembro, cerca de 50 técnicos vão atuar nas ações de combate ao fogo. Além das imagens de satélite, serão feitos nove sobrevoos de monitoramento em pequenas aeronaves, além de helicópteros do Ibama do governo do Estado. Dez novas caminhonetes e cinco quadriciclos também fazem parte da estrutura do Imac. Além disso, serão montadas barreiras móveis e fixas em várias partes do estado.

Punição

Além da própria política de valorização ambiental do Estado, este ano, por determinação dos ministérios Públicos Federal e Estadual, as queimadas estão proibidas em todo o Acre. O valor das multas para quem queimar e derrubar, é alto: R$ 1.000 por hectares, em caso de queimadas; e até R$ 6.000 em caso de desmate em Área de Reserva Legal.

Sala de emergência será permanente

A Sala de Emergência, que reúne todos os órgãos que atuam no Plano de Combate às Queimadas, deve ser aberta na próxima semana pelo secretário de Meio Ambiente, Edgard Deus, na sede do Corpo de Bombeiros, no Segundo Distrito de Rio Branco. A partir deste ano, a Sala passa a ser permanente. "Vamos atuar agora no período de seca, com os focos de calor, e no período de chuvas, com informações sobre a cheia dos rios", explicou Fernando Lima.

Sandra Assunção (Assessoria Imac)